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quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Outro dia, num outro lugar.

"Sem você ao meu lado eu já não sei.
O que eu faço se você não vai voltar?
Perder você é tão ruim, 
Por que você se foi assim?
Queria ter te encontrado..."

Ir embora não foi fácil.
No aeroporto as coisas se tornavam mais reais e distantes, mas ela sabia que se tivesse deixado-o ir até ali, ela nunca teria conseguido deixá-lo para trás. Nunca teria tido força para entrar naquele avião.

Estava deixando para trás tantos sonhos, tantos planos, sem ter, verdadeiramente, uma previsão de volta. Sabia que os sonhos e planos [os mais importantes deles] permaneceriam ali, esperando-a, firmes e a cada dia mais fortes, mas era difícil demais partir assim. Doía em si saber que causava dor nele, além da sua própria dor da saudade.

Naquele fevereiro as coisas já estavam diferentes, mas tudo cresceu de uma forma inimaginável, além de suas melhores previsões. Todo o amor e carinho. Toda a confiança e necessidade. Eles eram diferentes dos demais casais, e assim sempre seriam, não importava o quê.

Naquele março tanta coisa lhes foi tomada, e eles tiveram que lidar com isso por alguns meses. Na tentativa de matar a saudade, de encurtar a distância, viam os mesmos filmes, ouviam os mesmos álbuns. Scracho era algo sempre presente. Lembrava do que esperava no outro hemisfério, mas apesar disso, trazia lágrimas de dor e saudade. Era difícil demais sem o outro.

 - Quase um ano depois ela ainda derrubava lágrimas ao pensar nas tantas que ele derrubou por ela, por sua ausência. Mas essa marca, esse período, eram prova e testemunha de que eles se amavam loucamente. Foram capazes de enfrentar tudo, coisas que casais de mais data não o são, e ela se orgulhava e alegrava disso. Era bom saber como se amavam, respeitavam e admiravam.

 - Melhor ainda era saber que não mais ficariam longe um do outro.

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