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segunda-feira, 20 de setembro de 2010

Sea of love.


"Faz muito tempo que não tenho o que dizer..."

Já era quase uma da manhã e a noite estivera fria. Senti muito frio nos últimos dias, e também certa insegurança. As nuvens tomaram meu céu, não me permitindo ver que eram quase sete da manhã e o dia brilharia... mas...

Tudo mudou.
Ouvi palavras que serviram para abrir meu horizonte, que levaram meu coração a se aquecer.

Os faróis azuis da cor do céu piscaram, guiando meu caminho. O sorriso como o mar em dia calmo, manso e suave me deu várias certezas. As mãos suaves como brisa de primavera acalentaram meu coração.

Pude saber que estava no caminho certo. Pude ter certeza, enfim, que minha vida começava. Não como sempre sonhei,

Mas muito melhor.

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Ecoando o silêncio.

No rosto o mesmo sorriso de sempre. Nos passos pelo corredor sinuoso, distribuía sorrisos de bom dia, por mais que o seu não estivesse assim tão bom. 

Se esforçava diariamente para que - se pelo menos não fosse desejada - ao menos não fosse tão inconveniente assim.

Seguia sua rotina, cumpria suas funções, tentava fazer tudo da maneira certa. E mesmo assim só via as coisas sendo mais difíceis para si do que pros outros.

Cansou.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Caixa vazia.

Para onde tu a levou?

Com tantas olhadas para o lado, eu só posso concluir que estava a procurar algo que já não encontrava comigo. Procuramos entre todo o passado, encontrar algo que fortalecesse o futuro, algo que lembrasse o começo, a alegria. Mas não.

Não foi assim, nem mais seria.

terça-feira, 7 de setembro de 2010

In solitudine.

Odeio quando me perco a tal ponto que nem nas palavras eu me encontro.
Odeio não saber como agir, como sorrir e fingir estar tudo bem.

Quando não consigo fingir, me torno mais distante de tudo, porque me culpo. Não quero em momento algum preocupar, fazer sofrer. Mas meus silêncios inconstantes e minhas muitas mudanças de humor e fisionomia sempre preocupam.

Meus sorrisos são instáveis. Quando estão aqui são verdadeiros. Quando somem, custo a achá-los de novo.

Penso demais. Penso em muita coisa e durante muito tempo. Isso nos faz parecidíssimos. E com isso pensamos demais sobre tudo que acontece. Conosco e ao redor.

Penso demais em quantas vezes eu erro por, num momento apenas, não ter pensado. Não ter medido atos e palavras. Não ter sorrido sinceramente a ti quando não tinha nada errado, só estava longe.

Não gosto de me sentir longe, distante dos outros.
Já me sinto sozinha o suficiente estando perto das pessoas, quem dirá estando longe.

Promete não me deixar sozinha?

Fica aqui essa noite...

domingo, 5 de setembro de 2010

Ladra confessa.

Quero te roubar para mim.
Quero te tirar do mundo que tantas vezes nos cansa, nos dá problemas e te levar para um lugar onde possamos ser felizes. Levar conosco aquilo que te faz bem, aquilo que faria falta, e seguir viagem.

Pegar o carro - contigo ao volante - e sair sem rumo certo, mas com o desejo crescente do novo; de nós e todo o resto por consequência.

Parece que cada dia que olho para trás, eu descubro que ainda não sabia te amar como mereces. Todo novo dia te amo um pouco mais, te amo um pouco melhor. Quero que sejam assim todos os dias. Quero aprender de novo e de novo como te fazer feliz.

Não me contentarei em te amar. Quero amar além do que se pode escrever, do que se pode explicar. E sinto que estou nessa trilha há alguns meses já. O caminho que me escolheu, que te escolheu. Quando olhamos para o lado, reparamos que íamos acompanhados pela trilha que nem lembrávamos onde tinha começado.

Quero te roubar pra mim, e te ter pro resto da vida.

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Na roda, na ciranda.

Um sorriso brincou no canto dos lábios.
Um brilho novo mas também conhecido apareceu no olhar.
A mesma irregularidade na respiração, a mão trêmula, o coração acelerado e a vontade de dançar.

Os pés estavam agitados. Estavam no mesmo ritmo que o coração. Tinha um sonho tão nítido à sua frente que quase podia alcançá-lo.
A felicidade lhe batia à porta, e queria entrar. Sabia-se que seria permitida a sua entrada.
Agora já era certo que queria ser feliz, finalmente achava que merecia a tal alegria de viver.

A felicidade lhe tomou pela mão e guiou uma ciranda sob um céu de lua crescente, não mais a cheia. Outrora a lua cheia foi sua fase favorita, mas agora a lua crescente, a idéia de começo, de surgimento que lhe encantava muito mais.

Em seu peito crescia sua alegria, sua força por viver.