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domingo, 16 de novembro de 2014

Sobre casamentos.

Ontem à noite fui num casamento. Ele foi realizado da maneira tradicional: cerimônia religiosa seguida por jantar com os convidados. Os noivos estavam lindos, a decoração estava bonita, a comida estava boa e mesmo assim, em meio ao evento me vi refletindo de que eu nunca casaria daquela forma. De fato, eu não me casei assim, e hoje - quase dois anos depois - não me arrependo de nossas escolhas. Como gosto de dizer, se tivesse mais dinheiro quando casei não teria feito nada diferente, apenas teria convidado mais gente para o que fiz. 

Nosso casamento foi diurno, pequeno e num café. Nada tradicional para os padrões brasileiros. Tivemos familiares e amigos mais próximos como convidados e tudo foi feito por nós, ou no máximo por pessoas de nossa confiança.



 Eu não me acho melhor do que ninguém por ter tido um casamento diferente. Apenas percebo quando eu lembro dele e olho para nossas fotos que tudo ali tinha o nosso jeito, a nossa personalidade e nos fez feliz. Nós alcançamos um sonho realizando o casamento como queríamos. Cada detalhe foi feito com carinho, e é muito bom olhar nossas fotos e ver como o nosso dia foi feliz. Desde as lembranças que demos para as pessoas ao menu com comidinhas que amamos, tudo foi escolhido a dedo.




O clima intimista e calmo também foi excelente. Só pessoas que realmente faziam parte de nossa história estavam ali, e dividir este momento com elas foi incrível.



Pode parecer bobo e vazio o post, mas é gostoso olhar para trás e ver quão feliz eu fui no preparativo de meu casamento, na celebração em si e em ter achado o companheiro perfeito para topar a aventura de ter um casamento tão fora do tradicional. E é ainda melhor saber que este companheiro vai estar ao meu lado em todas as outras empreitadas malucas que eu decidir pela vida. Sempre terei meu amigo para ser louco comigo. Afinal de contas, casar é muito bom.



sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rumo à nova vida.

Os dias tem se arrastado nestas duas últimas semanas. Tudo o que eu quero é que o tempo voe para que o grande dia chegue. Nosso casamento não será nem um pouco convencional. Teremos flores em garrafas, chá, suco de laranja e waffles. Teremos uma noiva que muito ansiosa ficou pelo montar a casa, fazer compras do mês, limpar o apartamento, mas pouco se desesperou pelas flores perfeitas [que aliás, ainda nem foram escolhidas], pelo vestido maravilhoso ou por uma festa de arromba. Tudo será intimista e reservado, mas cheio de amor, assim como somos nós dois.

O casamento perfeito para eles é como farão: um rito de passagem para o então casamento real. Nestas horas, gostaria muito que tivéssemos duas palavras para diferenciar os dois momentos como no inglês. Wedding para descrever a festa, a parte menos importante da equação deles. E marriage, que representa muito mais a vida que virá depois da festa. Porque honestamente, mais do que a festa perfeita e feliz, nós ansiamos pela vida feliz, que mesmo sem ser perfeita - pois problemas sempre existirão - sempre nos esforçaremos pelo nosso melhor e pela felicidade um do outro.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Café forte.

Nestes dias de angústia e cansaço, o que precisava constantemente, era de uma xícara de café forte e quente. Precisava de muitas coisas nestes dias, mas algumas estavam inacessíveis, distantes dela, e vazio e o frio no peito amenizavam com a xícara branca com balões em formato de coração em suas mãos, quente graças ao calor da bebida que lhe instilava um ânimo momentâneo, efêmero.

O cheiro ia tomando a casa enquanto o café, forte como sempre, ia sendo preparado. O cheiro ia tomando o peito, e ao mesmo tempo que dava alívio, dava aquela sensação de casa, a fazia desejar a sua casa, que parecia tão distante. A sua casa tão sonhada.

O desejo nestes dias de cansaço era acordar ao final do período conturbado, de ver o amado deitado, dormindo serenamente ao seu lado embaixo das cobertas, enquanto ela atualiza as leituras necessárias, com a luz do abajur acesa. O desejo é vê-lo saudável e sorridente de novo, renovado, como alguém que tomou sua xícara de café ao final de um longo dia gelado.

domingo, 12 de junho de 2011

Próxima página.

Havia muito tempo que pensavam nas mudanças que queriam para a vida deles, e então viram que as mudanças já estavam postas e feitas. O que faltava apenas era a "oficialidade" da relação, porque no coração deles as decisões estavam gravadas como tatuagem.

Numa conversa longa e intensa, decidiram que a mudança seria agora. Pegaram a chave do carro, ligaram o som e rumaram para a casa dela. Começaram a arrumar as bolsas e livros dela, guardando-os com cuidado para não estragar seus prediletos. 

Ao sair da casa dela passaram no novo restaurante predileto deles, pegaram um lanche para viagem, para celebrar a primeira refeição a dois na nova vida. Dois copos de suco, dois sanduíches, porção de batata e Kooks ao fundo. O novo lar era o cantinho dele. Ali eram a nova família. Era tudo o que precisavam.

Não importava o que ouviriam dali para frente.. Eles largariam qualquer coisa para ficar juntos.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Que o tempo voe.


"E agora como eu vou fazer se os seus lábios ainda estão molhando os lábios meus, e as lágrimas não secaram com o sol que fez?"

Não gostava dos tempos de correria que eventualmente se instalava na vida deles. Já tinham tão pouco tempo um para o outro, com todas as responsabilidade pelas semanas, pela vida, em vez em quando uma interpérie aparecia pelo caminho de ambos. Ela tentava levar numa boa, pensava no futuro próximo e [esperava] mais tranquilo que teriam, onde poderiam viver seu amor e companheirismo plenamente.

Queria o tempo preguiçoso, até mesmo com a chuva constante que caía nos últimos dias na cidade. Queria o abraço e o esquecer nos braços dele. Queria lembrar apenas daquele sorriso que só ao lado dele sabia dar. O sorriso da certeza, do amor. Repetir incansavelmente o quanto ele a fazia feliz, o quanto sua vida havia mudado desde que ele se alojara nela. 

Queria a vida a dois, tranquila, enfim.

terça-feira, 31 de maio de 2011

Azul, preto e branco.

Num dia de afazeres como outro qualquer passou no shopping próximo ao trabalho tomar um café e descansar um pouco, sentada na praça de alimentação. Depois de repostas as energias com sua dose de cafeína resolveu dar algumas andadas pelo shopping, sem rumo certo, nem vontade específica de comprar alguma coisa.

Caminhando distraidamente percebeu em certa vitrine pequenas meias listradas, tais quais as que ela sonhava constantemente ter em quem vestir. Sonhava com os pequenos pés, gordinhos e macios que relutariam em calçar a meia, que sentiriam cócegas ao tocar das mãos de sua mãe, que sairiam correndo freneticamente quando a ouvissem a chegar em casa.

Foi num impulso repentino que resolveu entrar na loja comprá-las.
Não haviam pequenos pés a caminho, mas sabia que um dia eles chegariam, e então teriam a meia tricolor pronta a aquecer os pés gelados do seu pequeno filho. Teria então os pés gordinhos a fazer cócegas e mordidas. 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

És a minha canção.

"Você acha que eu sou louca, mas tudo vai se encaixar."

A mudança vivida naquela tempo de angústia e ansiedade serviu como lição de muita coisa. A união e cumplicidade cresceu de forma absurda, mostrando que era sim possível serem mais leal um ao outro do que já o eram.

Foi como se o tempo ficasse suspenso, parado, nos instantes em que se abraçaram depois de tanta novidades e mudança. Foi como se tudo se encaixasse exatamente como viria a acontecer. Ainda não tinham solução para muitos dos problemas enfrentados, mas eles sabiam que daria certo. Sempre daria. Eles eram o certo. 

Ao lembrar dos momentos em que a graça entre eles eram bochechas rosadas - como uma pessegada - era o tipo de coisa que dava força, coragem e vontade de lutar contra o que fosse preciso para levar adiante a vida deles, a vida que de agora em diante viveriam a dois, da forma deles. O resto pouco importava. 

"Eu acho que eu gosto mesmo de você, bem do jeito que você é."

sábado, 19 de março de 2011

Trechos de vida.

 - Chegou em casa cansada de mais um dia de aulas, e para sua surpresa, filho e marido haviam preparado um jantar magnífico para comemorar o seu aniversário, com direito a bolo de chocolate com sua idade escrita em confete pelo seu habilidoso mini confeiteiro. 

 - Estavam correndo há dias para terminar os preparativos para a chegada do bebê, para que quando ele estivesse pronto, todo o resto também estivesse.

 - Cansado de tantos problemas no trabalho, ele só pensava em ir para casa brincar com seu filho e seus soldadinhos de chumbo, mas o que ele não sabia era que em frente ao portão do escritório, seu filho o esperava com um pacote cheio das bolachinhas caseiras prediletas deles.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Valsando no velho e sentindo o novo.

Já era tarde para que ela quisesse ir embora. Já não chegaria a tempo de realmente descansar. Não iria esquecer. O dia fora agitado. Os dois tiveram muito o que fazer, cada um no seu ritmo, cada um em suas prioridades. Estava tarde e ambos cansados. Ficou então acertado que ela dormiria ali.

Nunca dormiam juntos. E dormiam juntos todas as noites. Era o acordo deles. Estava certo assim. Aceitavam um ao outro como algo novo toda noite. O novo cheiro, o novo companheiro. Uma nova textura de pele, uma respiração calma, ou mais agitada. Tudo era novo, toda noite.

Ela tomou seu banho e aprontou-se para dormir. Escolheu o canto da cama. Nunca dormira ali, e dormia ali toda noite. Ele lia algo interessante.

Terminou o que fazia e por sua vez tomou banho. Quando deitou ela já dormia. Suavemente se colocou ao lado dela, envolvendo-a em seus braços. Braços quentes, novos e velhos. Novidade sentida, calor conhecido. Passaram a primeira noite assim. Mais uma noite de tantas já passadas juntos. Mas como sempre, era a primeira. Ela ouvindo as batidas do coração dele e ele a respirar na grande confusão que era o cabelo dela pelo travesseiro.