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sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Sempre você.

Confesso que não escolhi me apaixonar por você. Quando pensei nesta possibilidade, percebi dentro de mim que ela já era realidade. Mas confesso também que se de novo a vida me fizesse escolher, a escolha seria você, e sempre você, até o fim de meus dias. Confesso que não planejei cair de amores por você tão logo, mas quando percebi era só em teus braços que eu encontrava descanso. Não planejei me deixar levar por tantos sonhos, mas quando percebi já sonhava um futuro azul ao teu lado. Sempre sonhei um amor impossível, daqueles de filme, com pausas trágicas na relação e beijos na chuva, e ganhei uma história incontável, um amor imensurável e chocolates embaixo da coberta. Seus talentos, desenhos e gostos me dão uma graça e cores novas à minha vida todo dia. Confesso que teu sorriso faz meu coração saltar e teus carinhos me tiram o ar e o chão. Confesso que sozinha eu não tenho mais força para coisa alguma, e que teu peito é meu porto seguro. Confesso que sem ti não sei mais de mim.

                                                                                 Sem ti eu não vivo.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

A ajuda de Deus está próxima.

A fé é o firme fundamento das coisas que se
esperam e a prova das coisas que se não vêem.
Hebreus 11.1

Fé é a crença de que Deus é real e de que Ele é bom... É uma escolha acreditar que aquEle que fez tudo não abandonou o que fez, e ainda envia luz por entre as sombras, e responde aos gestos de fé...
Fé é a crença de que Deus fará o que é certo.
Deus afirma que quanto mais desesperada a sua situação, mais provável a sua salvação. Quanto maiores os seus cuidados, mais genuínas as suas orações. Quanto mais escuro o aposento, maior a necessidade de luz.
A ajuda de Deus está próxima, e sempre disponível, mas é dada apenas àqueles que buscam.

Ele Ainda Remove Pedras  - Max Lucado.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

Relatos de guerra.

"Coisas terríveis estão acontecendo lá fora. A qualquer hora do dia ou da noite pessoas pobres e desamparadas são retiradas de suas casas. Não têm permissão de levar nem mesmo uma sacola com alguma coisa e um pouco de dinheiro, e, mesmo quando têm, essas posses lhes são roubadas no caminho. Famílias são rompidas; homens, mulheres e crianças são separados. Crianças chegam da escola e descobrem que os pais desapareceram. Mulheres voltam das compras e descobrem as casas lacradas e que as famílias desapareceram. Os cristãos holandeses também estão com medo porque seus filhos são mandados à Alemanha. Todo mundo anda apavorado. Todas as noites centenas de aviões passam sobre a Holanda a caminho das cidades alemãs para semear suas bombas em solo alemão. Toda hora centenas, ou talvez milhares, de pessoas são mortas na Rússia e na África. Ninguém pode ficar longe do conflito, o mundo inteiro está guerra, e mesmo com os Aliados se saindo melhor, o fim não está próximo. 
E quanto a nós, somos bastante felizardos. Temos mais sorte do que milhões de pessoas. Aqui é calmo e seguro, e estamos usando nosso dinheiro para comprar comida. Somos tão egoístas que falamos sobre "depois da guerra" e ficamos ansiosos por roupas novas e sapatos novos, quando deveríamos estar economizando cada centavo para ajudar os outros quando a guerra terminar, para salvar o que pudermos. 
As crianças deste bairro andam com camisas finas e sapatos de madeira. Não têm casacos, nem capas, nem meias, nem ninguém para ajudá-las. Mordendo uma cenoura para acalmar as dores da fome, saem de suas casas frias e andam pelas ruas até suas salas de aulas ainda mais frias. As coisas ficaram tão ruins na Holanda que hordas de crianças abordam os pedestres para implorar um pedaço de pão.
Eu poderia passar horas contando a você o sofrimento trazido pela guerra, mas só ficaria ainda mais infeliz. Só podemos esperar, com toda calma possível, que ela acabe. Judeus e cristãos esperam, o mundo inteiro espera, e muitos esperam a morte."

O Diário de Anne Frank 

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Chocolates e amor.

Colocou o bolo de chocolate no forno e foi tomar banho. Adorava sair do banho e então ser tomada por aquele cheiro quente de chocolate. Ele ainda não havia chego. Provavelmente algum cliente ligou em cima da hora, pedindo uma alteração idiota em tal banner, ou naquele vídeo que ele levou horas e mais horas fazendo.

Ela sabia que ele ficaria feliz ao chegar em casa e tê-la cheirosa com bolo de chocolate quentinho para sobremesa. Para janta, havia feito a lasanha que ele tanto amava. Estava inspirada naquela noite. Algumas mudanças haviam sido descobertas naquele dia, e ela queria compartilhar. 

Estava radiante de alegria agora.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

A Cadeira de Prata.

 " - Morreu - respondeu o Leão tranquilamente, quase como se estivesse satisfeito (foi o que Jill achou). - Ele morreu. Isso acontece muito, como você deve saber. Até eu morri. Há muitos poucos que não morreram.
 - Ah - disse Caspian -, estou entendendo: você está pensando que eu sou um fantasma ou outro absurdo qualquer. Mas pense melhor: eu seria um fantasma em Nárnia, pois de Nárnia não sou mais. Mas ninguém é fantasma em sua própria terra. No seu mundo eu seria um fantasma. Será? Já que estão aqui, talvez aquele mundo também não seja mais de vocês.
Uma grande esperança alvoroçou o coração das crianças. Mas Aslam balançou a cabeça felpuda.
 - Não, meus queridos. Quando me encontrarem aqui outra vez, então ficarão. Agora, não. Precisam voltar ao mundo de vocês por algum tempo. 
 - Senhor - disse Caspian -, sempre quis dar uma espiada naquele mundo. Estarei errado?
 - Você não pode mais querer nada errado, agora que morreu, meu filho - foi a resposta de Aslam -. Poderá espiar o mundo deles durante cinco minutos - cinco minutos do tempo deles."

C.S. Lewis

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Adeus.

Colocou Elvis para tocar propositalmente. Queria a voz dele para acompanhar as letras que enchiam o papel timbrado que tinha em mãos. Num momento triste como esse, nada melhor do que a voz dele para encher o ambiente, e aliviar um pouco a dor, afastá-la um pouco. Era bom tê-lo como companhia.

Sentia-se sozinha agora, mais do que antes, quando ela o tinha ali. Eles haviam se perdido um do outro há tanto tempo, que ela já nem lembrava como era ter alguém se importando com consigo. Ele dizia sempre amá-la, mas nunca demonstrava. Dava-lhe beijos, mas eram frios e distantes. Jurava não querer mais nada na vida, mas nunca estava lá para ampará-la. 

Um dia ela cansou. 
Não mais esperaria beijos verdadeiros ou abraços quentes. Não mais sonharia com o amor que ele dizia dar, e ela queria receber.
Assim partiu. 

Hoje recebia a carta, com a letra daquela música que ele sempre cantarolava pedindo perdão. Sempre pedia desculpas por sua negligência, por sua falta de atenção. Justificava os atos, implorava seu amor. E ali estava ela, lendo aquelas mesmas desculpas, acompanhadas de um adeus definitivo.

Hoje, ele partia.

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Como a palma da sua mão.

Os seus sorrisos já não passavam despercebidos, nem seus olhares ficavam sem a correta interpretação. Era fácil demais ser lida por ele. A todo momento, mesmo quando queria esconder o que se passava dentro dela, lá estava ele, com seu olhar já treinado, pronto a analisá-la de cima a baixo, com olhos de águias e sensibilidade de um romântico.

Nada lhe escapava. Às vezes, é verdade, não conseguia distinguir o quê a afligia, mas mesmo assim sabia haver algo. Sentia através dos olhos que perdiam momentaneamente o brilho, ou pelo sorriso que sumia vez ou outra.

Ela não se importava quando diziam que a rotina era perigosa. 
Sonhava todos os dias com a rotina que se seguiria daqui um tempo na vida deles. A melhor rotina que ela poderia desejar. Tê-lo a olhá-la todos os dias, cuidando-a e a amando.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Você se foi.

"Vem você dizer adeus, eu não vou voltar.
Quem nunca quis amar além do medo?
Não vou tentar."

 - Eu quis, juro.
Tentei com todas as forças do meu coração viver aquele possível amor, mas era arriscado demais. Mas mesmo eu te conhecendo bem demais, eu não pude evitar. Eu sabia das qualidades que me faziam rir, mas sabia dos defeitos que fizeram tantos meninos chorar. 

Era incrível a capacidade daquela guria despretensiosa de causar tantas paixões por onde passava, e continuar indiferente a isso. Muitas ela me dizia saber, em meio a risos e gargalhadas. "Tantas já sofreram por ele. Farei ele sofrer agora." E sorria.

Quando eu fui atingido foi mais forte do que todo meu conhecimento dela. 
Todo conhecimento de suas peripécias e (in)sutilezas.

Pena ela ser sempre tão ruim.
Eu consegui amar sem medo. Eu a amei pelo tempo que ela permitiu, e um pouco além. Mas ela se foi. Me sorriu olhando em meus olhos, com os dela cheios de lágrimas, pedindo minha amizade antiga. Só me restava descobrir se eu poderia dar isso a ela ou não.

Agora, conseguir amar de novo, sem medo algum, será difícil.