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quinta-feira, 28 de julho de 2011

Sobre Deus.

Inicio meu texto fazendo duas confissões: acho difícil fazer um texto em primeira pessoa admitindo mesmo que esta é a minha opinião, a minha vivência, e acho muito difícil escrever de Deus. Não sei porque isso é tão complexo para mim.. às vezes penso ser culpa de minha fé pequena demais, ou então de minha falta de domínio da Bíblia e dos mistérios de Deus, ou quem sabe a minha vontade em mostrar com clareza e firmeza minha fé, mas sem ser preconceituosa. Bem, indiferente do motivo, escrever de Deus para mim é algo complicado.

Mas não sei se por influência dos muitos blogs cristãos que leio, ou apenas pela crescente de vontade de ser útil, de fazer alguma diferença, mas hoje eu resolvi falar. 
Minha vida com Deus sempre foi conturbada, e tive momentos em que cheguei a duvidar da real existência dEle, mas pela Sua graça e amor, Ele se mostrou ao meu lado no momento em que mais precisei na vida, mesmo eu não O vendo, e me manteve firme, mesmo quando estive fraca. 

E aqui estou eu, uma cristã que ama a Deus completamente, mas muitas vezes acha que Ele esqueceu de mim, como acontece com muita gente. Sou insegura, e por isso preciso sentir Deus perto de mim o tempo todo, mas o que esqueço é que eu preciso deixá-lo ficar aqui.. caso contrário, Ele estará ao meu lado, mas escondido.

Não creio que meu texto fará sentido. Não é esta a intenção, mas eu sinto que este texto é como uma experiencia, um novo passo. Eu precisava começar de algum lugar a escrever de Deus. Não pretendo evangelizar ninguém, mas acho que passarei a apresentar a minha visão sobre Deus, sobre assuntos relacionados a Ele e à nossa vida aqui na terra, assuntos que considero importante, como preconceito e falta de amor e entendimento. 

Não prometo mil posts, ou posts realmente bons. 
Estou me descobrindo também nesta nova escrita.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Clara.

As noites de lua cheia e céu limpo eram realmente intensas para ela. Eram ondas de lembranças e sonhos que vinham a sua mente, como se a lua irradiasse muitos sonhos em seu peito. 

Da janela de seu quarto podia banhar-se plenamente da lua nestes dias. Gostava de deitar, mesmo sem sono, assim quieta com as cortinas abertas e sentir a lua tocando o seu corpo. Era como se as suas energias fossem recarregadas, os problemas esquecidos, e os sonhos avivados.

Mas a lua cheia, que durante muito tempo foi a preferida dela perdeu seu posto para a lua crescente. A lua crescente significava para ela que sempre havia mais por vir. Sempre haveria mais entre eles. O começo do namoro foi marcado por uma semana de lua crescente e céu muito limpo e lindo, e agora a lembrava dele, e de tudo o que  ainda teriam pela frente. 

Porque eles seriam para sempre. Por toda a vida, e toda a eternidade. E sempre haveria mais amor, carinho e compreensão. Sempre haveria o abraço de um para acalmar e deliciar o outro.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Noite em meu peito.

Estou num tempo de decepção comigo mesma.

Penso demais em alguns momentos, e em outros, em que devia deixar a razão ganhar, deixo-me levar por meus impulsos egoístas e pequenos.

Parece normal eu começar a magoar as pessoas que passam tempo demais comigo, e isso faz com que eu sinta nojo de mim mesma. Eu não quero ser esta pessoa. 
Eu cansei de ferir e fazer chorar. 

Eu cansei de mim, e por mais que eu me esforce em melhorar, temo que chegue um dia em que as outras pessoas se cansarão também.

Não quero mais escrever por hora. Não tenho coisas bonitas e alegres para falar, porque dentro de mim se fez noite de novo.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Boas vindas ao que já fui.

Já escrevi justificando minha necessidade de escrever. Por mais estranho que pareça, escrevo porque amo, sem me importar quantos leitores terei ou não, mas me justifico a todo instante. Busco justificar a cara de sono, e sorriso que vacila no rosto, a voz que sai embargada de choro ou de saudade.

Já fui a menina de sorriso  fácil e língua afiada que queria ser amiga de todo mundo. Nisto, conheci muita gente interessante. Eu me iludia achando que elas me conheciam também, mas agora vejo que elas nem se esforçavam nisto. Eu era mais uma morena sorridente e só. Hoje quase nenhuma destas pessoas está em minha vida. 

Já fui a menina do choro quase constante, da necessidade de colo de amigos e de carinho. Nisto, quando me sentia sozinha, corria para a frente de um certo curso preparatório encontrar meu casal porto seguro. Com eles, por mais triste que eu estivesse, havia sempre um riso vacilante, mesmo que pequeno e fraquinho. 

Já fui a pessoa e nada mais. Houve um tempo em que eu era vazia. Vazia de amor, de felicidade e até mesmo de dor. Eu não sentia, porque isto era mais fácil. Sentir significa que uma hora ou outra, pode doer. E fui boa nisto, mas quase deixei de ser eu mesma, embora eu não soubesse quem eu era ou quem gostaria de ser.

Já fui tudo isso, e muito mais, ou muito menos. Já fui uma adolescente que achava ser adulta, uma adulta que gostaria de voltar para a adolescência, e tive medo do futuro e senti falta da infância e de toda a sua inocência perdida.

Muito prazer,
       sou a soma de tudo o que fui, com o acréscimo da melhor pessoa do mundo, que me ensina todos os dias e ser alguém melhor. Hoje sou uma mulher que sorri sincera, que chora sincera e ama, ama mais do que tudo nesta vida o guri que lhe ensinou a ser adulta.