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sábado, 31 de janeiro de 2015

Minhas impressões - Mueller Festival Gastronômico

O Shopping Mueller está realizando entre o dia 30/01 e 08/02 um Festival Gastronômico no terraço do Edifício Passarela, prédio anexo ao Shopping Mueller. Hoje, eu e meu marido fomos lá para almoçar, e provamos algumas das opções que estão disponíveis.




A opção do Jonatha para o almoço foi o Sanduíche de costela. Eu não curto muito costela, por ser uma carne muito gordurosa, mas provei um pedaço. O tempero da carne estava bom, mas podia haver pelo menos umas fatias de queijo no sanduíche, para ele não ficar tão seco. Além disso, o tamanho do sanduíche é simplório para os R$15 que pagamos. Era um pequeno pão francês simples.



Para o meu almoço, minha primeira opção foi uma polenta da La Polenteria. Escolhi o molho quatro queijos com creme de leite. A polenta tem uma consistência estranha. Não parecia ser de fubá. Talvez fosse de fubá branco, mas eu não gostei muito. Já o molho eu achei ruim. O gosto em si estava bom, mas ele estava muito gorduroso e não aguentei comer metade da porção.


Como achei a polenta ruim, eu comprei um segundo prato para almoçar. Escolhi o strogonoff flambado, que eu esperava fosse ter um sabor muito diferente dos bons strogonoffs que já comi pela vida. Mas ao provar, não notei nada de diferente. Era bom, mas apenas isto. Mas este prato faltou foto, porque a fome estava grande.

De sobremesa, pegamos o tal Kurtos Kalacs, o doce húngaro. O doce é feito de uma massa simples, mas que recebe uma camada de açúcar antes de ser assado. Depois de assado, podemos escolher o sabor que queremos: açúcar com canela, coco, chocolate ou ovomaltine, e podemos escolher doce de leite ou leite condensado como acompanhamento. Nós escolhemos o de açúcar com canela com doce de leite de acompanhamento. Só posso dizer que o doce é maravilhoso. Foi a melhor escolha que fizemos na Feira. Valeu cada centavo.




Por fim, a bebida que tomamos foi uma smoothie natural. Há dois sabores disponíveis, o de manga com maracujá e o de banana com morango. Os dois são bem gostosos e como são naturais, não contam com muito açúcar. Além de gostosos, as garrafinhas são uma gracinha.


sábado, 24 de janeiro de 2015

#Terminei - Jogador nº 1 - Ernest Cline

Comprei o livro Jogador número 1 de presente de Natal para meu marido há algum tempo. Ele havia ouvido falar sobre o livro no MRG e desde o começo ficou muito interessado na história do mesmo. O que era um presente para ele, acabou sendo um presente para nós dois. Depois de terminada a leitura do livro, o Jonatha ficou ainda mais entusiasmado com o mesmo e me garantiu que eu adoraria o livro. Ele estava absolutamente certo.

O livro se passa num futuro distópico no ano de 2044 no qual o planeta terra enfrenta uma crise terrível de fontes de energia, mais precisamente de combustíveis usados nos meios de transporte. Com isso, algo que se tornou comum nesta sociedade é se fazer pilhas intermináveis de trailers para que as pessoas pobres vivam mais próximas de seus trabalhos. Com a sociedade vivendo neste caos de pobreza extrema, surge uma forma de escapar da realidade pobre e dura: o Oasis. O Oasis é uma realidade virtual criada por um dos maiores programadores de videogame do mundo, James Halliday, um cara excêntrico que construiu um império dentro da área de tecnologia voltada para jogos e revolucionou o mercado dos mesmos.

Halliday e seu melhor amigo Ogden Morrow viveram na década de 80 e eram apaixonados pela cultura nerd desta década e do final do século XX de maneira geral. Com o passar do tempo criaram o Oasis, uma experiência totalmente imersiva de vida virtual, onde as pessoas começaram apenas se divertindo, mas o jogo logo foi usado pelo mercado como forma de se realizar transações econômicas reais também.

O começo do livro demora um pouco a engrenar e ficar realmente empolgante, pois a realidade descrita acima nos é apresentada de forma a nos ambientar neste futuro distópico, que como disse meu marido, é um dos mais possíveis para nosso mundo vistos na literatura.

Mas desde a morte de Halliday o maior interesse das pessoas dentro do Oasis passou a ser o jogo que Halliday propôs num vídeo depois de sua morte: encontrar a sua herança dentro do jogo. Aquele que seguisse suas pistas encontraria três chaves e ao final da jornada encontraria o ovo, e com isso herdaria toda a fortuna estimada em 200 bilhões de dólares deixada por Halliday. O ovo é uma alusão a um tipo de referências cruzadas - e escondidas - encontradas frequentemente em obras nerds chamadas easter eggs, uma referência às caças de ovos de páscoa que as crianças fazem. 

E nesta jornada nós acompanhamos Wade Watts, um garoto de 18 anos que se tornou um caça-ovo, um entre os milhões de daqueles que estudam para encontrar a herança de Halliday. Wade é um garoto pobre, tanto no mundo real quanto virtual, que se tornou obcecado com a ideia de ficar bilionário encontrando o ovo e assim sair da vida miserável que leva. Desde a morte de Halliday, cinco anos se passam e Wade busca incansavelmente encontrar a primeira chave, a Chave de Cobre, para dar continuidade na busca pelo ovo. O conhecimento dele de cultura pop, musical, de videogames e filmes dos anos 80 é imenso, tudo para tentar compreender a mente de Halliday e ter alguma esperança de compreender o jogo criado pelo mesmo. E este conhecimento é recompensado quando Wade encontra a primeira chave.

A partir deste momento do livro os acontecimentos começam a ocorrer de forma cada vez mais rápida e alucinante. Nas sinopses do livro vemos a seguinte descrição para os acontecimentos que se seguem à descoberta da primeira chave: "De repente, o mundo todo se volta para acompanhar seus passos, e milhares de competidores se unem na busca, entre eles, jogadores poderosos e dispostos a cometer assassinatos para tirar Wade do caminho. Agora, a única maneira de Wade sobreviver e proteger tudo o que ele conhece é viver."

E de fato, a vida de Wade muda drasticamente a partir deste ponto, mas o que acontece ao final cabe a você descobrir. O que me fez amar este livro, além da história incrível e da narrativa envolvente, foram de fato as referências nerds presentes ao longo de toda a obra. Confesso que mais de 60% das referências eu não conhecia, e algumas talvez nunca conhecerei, como por exemplo todos os jogos de videogame antigos citados no livro, mas mais do que uma história divertida, o livro é uma homenagem incrível a todo um universo e seus criadores. Star Wars, Pacman, Star Trek, Monty Python, Senhor dos Anéis, Dungeon and Dragons e mais milhares de referências nos fazem saborear cada página. Uma homenagem a todos os programadores de videogame que nos deram muitos momentos de diversão. A todos os autores que nos deram universos fantásticos com os quais sonhar. A todas as pessoas consideradas estranhas por jogar RPG, mas que no fundo eram incrivelmente inteligentes e relevantes. Neste livro vemos toda a cultura nerd ser exaltada, quase que santificada, numa homenagem e num reconhecimento de tudo isso que tem valor para todos nós, os nerds. É uma leitura  que eu considero  que qualquer pessoa que se considere minimamente nerd tem que fazer.

Texto postado originalmente em: http://crentassos.com.br/blog/2014/08/terminei-jogador-no-1-ernest-cline.html

sábado, 10 de janeiro de 2015

Desconstruindo a minha noção de beleza.

Como a maioria das mulheres que eu conheço, sempre fui insegura quanto à minha imagem e beleza. Desde que eu me lembro, nunca me achei bonita, e ao entrar na adolescência, nunca me achei atraente.

De uns tempos para cá, várias campanhas em favor da beleza feminina, e ainda mais do que isto, da auto-aceitação feminina têm sido veiculadas e quando eu as vejo, sempre me pego refletindo sobre nossa forma de nos enxergar. Mas então outras preocupações e pensamentos aparecem, e aquilo que deveria ser um exercício diário de aceitação e valorização se tornam apenas momentos pontuais de reflexão.

Dias destes vi o programa Além da conta, no GNT, em que a convidada era a Tatá Werneck, e ela e a Ingrid Guimarães discutiam sobre as mulheres não saberem aceitar elogios. Nós estamos o tempo minimizando a nossa beleza, desconstruindo qualquer coisa que outra pessoa elogie em nós. Mas nós, mulheres, conseguimos ver a beleza nas outras mulheres. E o motivo para não aceitarmos nossa beleza, nossos corpos, é que desde pequenas somos bombardeadas por padrões inatingíveis. As Barbies estão aí para nos moldar desde pequenas: "seja magra, alta, loira e com a pela perfeita". Mas mais violentas e efetivas que as imagens de nossas bonecas ou das atrizes que vemos na tv, são as palavras das mulheres que nos cercam e nos são caras.

Certa vez li um texto falando para as mães nunca se diminuírem em frente às suas filhas, pois elas são o primeiro modelo que estas meninas terão na vida. Mas algo ainda mais maléfico para a auto-estima de uma menina são as críticas que ouvem de suas próprias mães. E eu me vi pensando sobre isto dias desses.

Durante toda minha infância e adolescência, ouvi minha mãe falar que eu tinha pés feios, e em determinado momento, eu aceitei como verdade que eu tinha pés feios. E durante muitos anos, não usei sapatos abertos em público por odiar meus pés. E no dia em que pensei nas críticas de minha mãe, eu o fiz porque de repente eu percebi que meus pés não são feios. Foram anos para que isto acontecesse, e de fato só aconteceu porque o Jonatha, meu marido, vive a elogiar meus pés. E de tanto ouvir os elogios dele, eu consegui desconstruir esta imagem que tinha de mim mesma.

Eu poderia dar outros exemplos, mas existe em mim muita coisa que eu ainda tenho que aceitar. Mas o que fica para mim e o que quero passar aqui é que as palavras têm poder. Caso você já tenha criticado outra mulher - seja ela sua irmã, amiga, filha, avó - só por criticar, reveja seu jeito. O mundo inteiro está aí para isto, portanto seja a voz positiva que ensina esta menina ou mulher a se amar, ao invés de fazê-la se odiar, pois é isto que o resto do mundo faz. E você pode pensar que eu culpo minha mãe pelos meus complexos, mas a verdade é que jamais a culparia. Ela é só outra vítima da nossa sociedade, que vive a diminuir a importância das mulheres, colocando-as como antes uma imagem do que um ser social, e esta imagem deve ser perfeita.