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sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Rumo à nova vida.

Os dias tem se arrastado nestas duas últimas semanas. Tudo o que eu quero é que o tempo voe para que o grande dia chegue. Nosso casamento não será nem um pouco convencional. Teremos flores em garrafas, chá, suco de laranja e waffles. Teremos uma noiva que muito ansiosa ficou pelo montar a casa, fazer compras do mês, limpar o apartamento, mas pouco se desesperou pelas flores perfeitas [que aliás, ainda nem foram escolhidas], pelo vestido maravilhoso ou por uma festa de arromba. Tudo será intimista e reservado, mas cheio de amor, assim como somos nós dois.

O casamento perfeito para eles é como farão: um rito de passagem para o então casamento real. Nestas horas, gostaria muito que tivéssemos duas palavras para diferenciar os dois momentos como no inglês. Wedding para descrever a festa, a parte menos importante da equação deles. E marriage, que representa muito mais a vida que virá depois da festa. Porque honestamente, mais do que a festa perfeita e feliz, nós ansiamos pela vida feliz, que mesmo sem ser perfeita - pois problemas sempre existirão - sempre nos esforçaremos pelo nosso melhor e pela felicidade um do outro.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Não vai voltar.

"Eu já nem lembro bem do som da sua voz. Faz tanto tempo que eu nem sei mais se eu quero lembrar. Já não ouço os mesmos discos e há canções que eu não ouso.."

Era assim agora, depois de tantos anos e ele acreditava, sempre seria. Haviam discos valiosos que ele jogou fora porque a lembrança dela estava impregnada naqueles objetos, naqueles arranjos e acordes que eles tanto ouviram. Era incrível como depois de tantos anos, toda vez que ele a via seu coração ainda disparava. Não que ele ainda a amasse, mas sempre se perguntava como a vida deles teria seguido, se os caminhos não tivessem se separado. Quando via aqueles olhos azuis como o céu e as ondas douradas que lhe caiam da cabeça, sempre lembrava das semanas frescas e primaveris que passaram juntos, com toda a leveza que havia naquele amor de adolescência que eles viveram. Hoje, com muitos mais anos e responsabilidades, toda vez que a via, era como se ela fosse parte de um sonho que ele tivera, mas que não se atreveu a viver quando o teve. Lembrava ainda das palavras dela, pedindo para que as coisas não acabassem daquela forma, mas ele não deu ouvidos às suas súplicas. Nada fez diferença quando ele acreditou que o fim tinha chego. E agora era tarde, a vida os levara por caminhos distintos.