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sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Caindo a ficha - Noiva I.

Acho que finalmente comecei a entender e sentir mesmo o que é ser noiva. É pular de alegria quando surge uma nova e linda possibilidade de decoração do tão sonhado dia, é passar horas buscando inspirações de pessoas que você nunca viu, é ver vídeos e mais vídeos de outros casamentos e chorar de alegria, emoção, ansiedade e vontade de que o seu vídeo logo esteja pronto, e que você esteja sempre, todos os dias, ao lado do homem que ama. É querer provar todos os doces e salgados do mundo, para servir as melhores coisas para seu convidados. É querer ter o melhor fotógrafo, o melhor câmera e editor para que os melhores momentos sejam captados e nada do que foi feito com tanto amor, carinho e dedicação se perca. É contar todos os dias para entrar em lojas de móveis e eletrodomésticos, mobiliar a casa, fazer a mudança, arrumar as coisas de duas pessoas diferentes num espaço que será para sempre compartilhado. É não ter vontade de falar outra coisa que não casamento, flores e decoração. É ter vontade de a cada foto nova, ligar correndo para o noivo, para que ele possa palpitar, falar o que pensa, se gostou ou não. É na verdade, querer ter o noivo sempre por perto, para não precisar ligar e sim apenas chamá-lo para compartilhar cada momento da construção deste dia. É sentir falta da mãe por perto, porque quem melhor do ela para te conhecer os gostos e saber acalmar. É sentir falta de poder dividir cada escolha, cada decisão com ela e ver a emoção nos olhos dela em ver sua pequena, sua filhinha rumando para a própria vida. É sentir medo de de não agradar todo mundo, mas mais ainda de não agradar a si e ao noivo, que no fim são quem deve amar o próprio casamento. É ficar emotiva o tempo todo, chorar por tudo e precisar sempre de um abraço. 

Enfim, é construir seu maior sonho ao lado de seu grande amor.

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Twenty-four.

Vinte quatro meses de alegrias, sorrisos, lutas, carinhos, risadas, companheirismo. Vinte quatro meses de que a vida me foi devolvida, e tudo tornou-se alegria e cores em meu espírito. Vinte e quatro meses, que ao olhar para trás, parecem ter sido muito mais, de tantas batalhas e alegrias que dividimos. Mas ao mesmo tempo, um número que parece tão pequeno, tão simples perto de tudo que ainda viveremos. Sei que nossas lutas ainda não acabaram, mas sei também que as alegrias serão infindáveis, incontáveis, e teremos sempre um ao outro.

Obrigada, meu bem.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Num Natal.

Mais um Natal se foi e deixou no coração daquela pequena lembranças boas do que passou ao lado das pessoas que ama, e também a lembrança de algo que nem mesmo aconteceu ainda. Ela se viu através das cortinas dos sonhos, sentada em sua casa daqui alguns anos, contando histórias do nascimento de Cristo com seu marido para os pequenos cabeludinhos, enquanto da cozinha vem o cheiro suave do almoço que eles irão compartilhar. Viu seu amado fazendo graça com os filhos, enquanto todos eles querem mostrar os brinquedos novos ao mesmo tempo, fazendo o pai se desdobrar para atender a cada filho, a cada brinquedo e a cada carinho exigidos. Viu-se através das cortinas de sua casa, aparentando alguns anos a mais, mas também mais felicidade em seu semblante, mais maturidade em suas ações, e plenitude em seu sorriso. Viu-se feliz e realizada, e essa imagem doce e tranquila lhe embalou os sonhos neste Natal, enquanto a casa cheia e os filhos amados não chegam. Sonhou estar apenas deitada no peito macio de seu amor.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Passado-presente.

Houve um tempo em minha vida que todos os cadeados que pude colocar em meu coração foram postos. Era praticamente impossível algo tocar meu coração, mexer com meus sentimentos e ver beleza na vida. 

Hoje vivo uma fase totalmente diferente, pois há tanta coisa boa que tenho, sonho e almejo. Às vezes me pego olhando para o passado, vendo como mal lembro de como eu era quando me via infeliz e sozinha. Mal lembro como era antes de todas as mudanças que se passaram em minha vida, mente e peito.

Como diria Nando Reis, "é bom olhar para trás e admirar a vida que soubemos fazer" e eu admiro cada passo que dei ao lado de quem abriu todas as trancas de meu coração. Admiro nossa maturidade para lidar com cada situação difícil que passamos, e me alegro em saber que todos os problemas já idos serão nossa força para enfrentar os que ainda virão. Alegro-me em ver as mãos de Deus cuidando de nossos passos, de nossas decisões, dando força e coragem para termos a nossa vida, do nosso jeito, sem se preocupar com as vontades, opiniões e possíveis interferências externas. 

Sei que hoje, novamente, me vi olhando para como você mudou toda a minha vida. Hoje sou mais feliz, mas acima disso, sou uma pessoa melhor, com sonhos, planos e um amor, amor este maior que a eternidade.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Escada rolante e cinema.

Depois de quase dois anos, me vi pensando em nós no primeiro dia. Lembrei de como eu já queria você confortável, seguro e feliz. De como suas mãos nas minhas me traziam paz e alegria, e seus olhos faziam com que meu peito se perdesse em tanta alegria. Lembrei de ser apresentada ainda meio sem jeito, de maneira meio envergonhada. De sua aparente calma que escondia um coração ansioso e borboletas no estômago. Dos momentos na escada rolante, onde do degrau acima do seu, eu via seus olhos doces, que pareciam se deleitar em mim. E as minhas borboletas voavam cada vez mais rápido dentro de meu estômago. Os olhares trocados, as mãos dadas, o filme compartilhado e toda a ansiedade e vontade que tomava conta de mim. Lembro do primeiro beijo perfeitamente. Sempre lembrarei. Existem coisas na vida que nunca esquecemos, e jamais esquecerei do beijo - que como nos contos de fadas - me devolveu a vida.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Dança das Estações.

"Vem sem medo aos meus braços, meu amor
Que a tristeza não vai mais espreitar pelos cantos
E apertar assim o peito.
Fica assim aqui perto, que o teu cheiro me faz seguro.
Teu calor me protege e teu corpo me tira o vazio.
Para que brincar de ter razão?
É besteira não querer errar
E é tolice demais curtir a dor.
Deixa para lá tudo isso
E vem dançar a dança das estações.
Ah, tenta não ligar para essa gente
Chata e sem graça.
São tolos demais
estes mortos, cegos e adultos.
Gosto de ter ver rindo 
e da riqueza das coisas simples 
que guardo qual tesouros.
E a beleza está em não ter pressa.
Que corremos demais, meu amor
E é hora de parar, deitar na grama, falar só besteira, e rir da vida.
Aah, deixa isso para lá
Que esse mundo é todo errado.
Fica perto então que tanta solidão já feriu demais."

Dance of Days.