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quinta-feira, 21 de julho de 2016

Sobre sonhos, pressões e frustrações.

Talvez este blog volte a ser o lugar de onde venho reclamar da vida. Já fiz muito disto por aqui.

Semana passada estive de férias da escola em que trabalho. Fiquei em casa, dormi, descansei, curti o Jonatha. E embora estivesse sem ocupações no emprego, não estudei pro mestrado, não produzi nada. Do mestrado entrei de férias dia 23/06, há 4 semanas, mas como o colégio estava corrido, dei pouca atenção para o mesmo. E tudo está acumulado.

Dos 3 artigos que tinha que escrever, um já está pronto e foi entregue no prazo. Para os outros dois nem rascunhos aceitáveis eu tenho. Meu projeto de pesquisa passou por críticas duras (olá vida acadêmica de pós-graduanda) e demorei semanas para digeri-las. Agora, estou na angústia que me trava pensando em como e o que farei para conseguir entregar estes dois artigos.

Entrar no mestrado foi uma das maiores alegrias da minha vida, ao lado de coisas tipo passar no vestibular na UFPR e casar com o Jonatha. Mas a alegria durou bem pouco no caso do mestrado. Eu me senti capaz - por algumas semanas - e feliz com meu feito. Mas as cobranças, a carga de leituras que eu já mal dou conta, a alta qualidade que esperam do meu trabalho, tudo isso me fez sair rapidinho da fase sonhos para a fase vida real difícil para caralho com trabalho, mestrado e vida

Apesar de querer fazer o mestrado, de entender a importância que ele terá na minha carreira e de gostar o que pesquiso, já está foda. O primeiro semestre não terminou oficialmente (ainda tenho que entregar estes dois artigos) e eu já estou surtando. Tenho palpitações toda vez que penso que tenho que escrever uma dissertação, que terei que fazer isso trabalhando, que ainda faltam disciplinas a serem feitas, etc. Eu passei por 1/4 do processo e já estou cansada e também desesperada porque 25% de todo meu tempo já se foram e parece que estou ainda no mesmo que estava quando entrei no curso.

Se eu vou conseguir conciliar tudo? Não faço ideia. 
Agora só precisava desabafar um pouquinho para não surtar. Pode ser que desabafando um pouquinho a cada dia, eu consiga ir adiando o surto dia a dia.