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quinta-feira, 8 de julho de 2010

Como a lua nova.

A tabela de cores em cima do sofá é a mesma da semana passada, ou fizeram uma nova mistura de tons?

Minha parede pintada de roxo.
Minha vida numa harmonia estranha.
Meu sorriso fora do ângulo, meus pés angulares no chão.

Sempre gostei de linhas. Retas.
Passei a admirar as curvas, circulos. A suavidade que elas transpassam.
Mas elas podem ser fortes também.

Os contornos incertos e indecisos da lua, mutantes como o humor de uma mulher.
Obscuros e singelos. Misteriosos e difíceis.
Nítidos quando ela se permite refletir algo belo. Escondidos em um céu sombrio quando ela se fecha, quando se esconde atrás de outro corpo.

Meu corpo reflete outro além do meu.
Minha alma anda ao lado de outra, e não mais escondida.
Passei a sorrir mais vezes, e mais verdadeiramente.
Entendo um olhar aparentemente mudo, mas tão expressivo.

Ouço meu pulsar mais alto, mais vivo.
Lembro que ao lembrar de ti, me vejo mais clara.

2 comentários:

  1. Ô Tamy, nem falei nada antes, mas tá com a alma da escrita engatada!
    Tô curtindo suas postagens ae.

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  2. tão clara quanto a Lua em noites de cheia!
    Adoro essa fase dela por falar nisso ;)

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