A alma chegava a doer quando ouvia esta música. Era como se a vida lhe jogasse na cara tudo o que ficou pelo caminho ao crescer. Lembrava das tardes e manhãs preguiçosas, quando era nova, as preocupações poucas e os amigos muitos. Podia não ter a Praia do Pinhal para lhe fazer lembrar de tudo o que passou em sua vida, mas tinha tantas memórias, fotos e saudade dentro de si.
Via quando seus antigos amigos saiam uns com os outros, e ela se culpava por tê-los perdido, ter afastado-os de sua vida. Quando percebeu que a gente cresceu, sua alma desejou voltar a tê-los consigo, por mais difícil que isso parecesse de ser conseguido.
Enquanto Pinhal toca ao fundo, ela volta à memória, lembrando de risos, amizades e histórias que viveu com tanta gente, que sim, seu coração se aperta de saudade e nostalgia, mas ao mesmo tempo ela não mudaria o estado de felicidade em que vive hoje, com alguém que durante um tempo esteve ali, perto na sua maneira .
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