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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Quem sou eu.

Tantas vezes sou fogo, avassaladora e egoísta. Sou gelo, cortante e assassino; refrigério em meio à seca e ao calor escaldante. Outras tantas sou fonte de vida e de calor.

Sou veneno destilado, fala aguda, pronta para agredir. Em outros momentos, me dou como consolo, como ombro para lágrimas, pranto e praguejamento. Sou doce, amável e sorridente. Pronta a fazer sorrir.

Me sinto amada e detestada todos os dias. Nuns mais que em outros. Me sinto perdida inúmeras vezes, como uma criança assustada que não sabe onde ir. Que não tem para onde ir, e noutras me sinto segura, dando segurança a outro ser.

Nele tudo se completa. Ou seria com ele tudo completo fica?
Posso estar perdida inclusive deitada em seus braços, mas mesmo assim sei quem sou e tudo aquilo que gosto, inclusive seu gosto. Posso sentir frio e medo dos trovões lá fora, mas sinto-me segura e aquecida por seu hálito.

É, nele tudo se completa.
O frio e calor, o doce e o salgado, o bem e o mal. O amor e a amizade, misturados com paixão.

Um comentário:

  1. E olha que não tem coisa mais bonita que mistura dessas dualidades... Parece que os extremos sempre se encostam no final.
    A vida é isso, não?

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