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quarta-feira, 12 de maio de 2010

Sobre verdades e coragem.

"Ela passou do meu lado
Oi, amor - eu lhe falei.
Voce está tão sozinha
Ela então sorriu pra mim.
Foi assim que a conheci."

Porque se eu não tivesse seguido o simples ímpeto de lhe chamar, de lhe passar uma cantada qualquer, aquele sorriso não teria saído. Não teria atingido meu coração.

Meu coração estaria intacto, inalterado. Encontraria-se como foi por longos anos de solidão acompanhada. Nunca fiquei muito tempo sozinho, mas nunca me sentia acompanhado. As mãos que segurei nunca eram quentes o suficiente para aquecer meu coração congelado.

Fui intragável durante longo período. Chato, anti-social, descarado e desbocado.
Isso sempre me fez alvo de duras críticas. Mal visto por olhos femininos. Olhares atentos, procurando com a mesma dedicação o carinho, a delicadeza quanto o egoísmo, a falta de gentilezas galanteadoras.
Nunca fui de mandar flores só por mandar. Elas tinham que ter motivo. O romantismo nunca foi motivo pra mim. Assim fui assustando o público alvo, as afastando..

Mas aquele sorriso aconteceu. E ele atingiu meu coração.
Não sei qual foi a intenção dela ao me sorrir daquele jeito. Talvez a mesma que eu quando a chamei. Apenas se divertir um pouco.

Deeus, como pode, como é possível que tudo tenha mudado de forma tão brusca, de forma tão permante?
Duas semanas foram mais do que suficientes para eu me ver perdidamente apaixonado. O romantismo é mais que motivo. Ela é o meu motivo. Para flores, músicas, sorrisos e vida!
Não tenho mais saída.

Um comentário:

  1. "Nunca fiquei muito tempo sozinho, mas nunca me sentia acompanhado. "

    e óbviamente não posso deixar de comentar em um post que cita Legião Ubana ou Renato Russo =]

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