Só sei meu amor,
Foi na ciranda
Que aprendi a te amar."
A saia rodava no compaso da música e no descompasso do mundo. A menina dançava com tanta alegria que a lua chegava a invejá-la. E dentre tantos outros, tantos passos naquela noitinha quente, seus olhos atrairam outros olhos. Seus movimentos encantaram um certo coração.
Seus pés não tão ligeiros, mas muito serelepes bastaram para trazê-lo até ela, que ajustou seus passos aos dela. E ele tentou ajustar todo o resto. Tirou a louça suja da mesa, juntou os jornais largados no chão e organizou a estante de livros.
Mas não bastou.
Não dava simplesmente pra ajustar o que ela não queria que fosse.
Não queria a xícara de café que ele estava oferecendo. Ou até queria, mas sem nada em troca. Queria o café e o amigo. A torta de limão podia ficar para outro dia, outra ocasião.
Ela queria voar naquele momento e ele queria um ninho.
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