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quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Aquela velha conhecida.

Não sabia de onde toda esta tristeza tinha vindo. Só sabia que ela havia chego e tomado lugar dentro do seu peito, como uma velha conhecida, de tempos frios e sombrios. Nem mesmo o sol do lado de fora de sua janela aquecia o seu peito naquele dia triste. Parecia que muita coisa boa que havia dentro dela fora sugada, roubada de si, mas na verdade era que muita coisa triste havia entrado nela, e hoje ela só tinha solidão. Passou horas tentando entender como aquilo voltara, como esta tristeza apareceu de maneira tão repentina e violenta, e chegou a uma conclusão: foram decepções demais no últimos tempos, notícias preocupantes nos últimos dias e tudo isso lhe tirou a paz e a alegria. Mas ela sabia que não podia se entregar, não podia permanecer assim. Sua dor machucava pessoas que ela ama muito, e por isso precisava reagir, embora ela ainda não soubesse como, ou se teria forças. 

Por mais que não soubesse o que fazer, resolveu tomar um banho, para esfriar a cabeça e torcer para a tristeza ir embora, junto com a água que lavaria seu corpo. Era melhor do que ficar definhando na cama, tendo pensamentos cada vez piores e mais tristes. Isso, ela já sabia bem, só a arrastaria ainda mais fundo, e não era esta a sua vontade.

Talvez uma tarde de sol, deitada na grama de um parque ao lado do seu amor lhe restabelecesse suas forças e alegria. Talvez só uma boa notícia, um sorriso amigo o fizessem também.

Podia não estar feliz nem esperançosa neste momento, mas decidiu lutar pela esperança, lutar para acreditar que as coisas ficariam melhores, pois isto era o melhor que ela poderia fazer para deixar a velha conhecida no lugar dela, no passado.

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